Descomplicando a justiça: o princípio da insignificância em processos legais

Kinasta Balder
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Carlos Alberto Arges Junior

Conforme elucida Carlos Alberto Arges Junior, advogado especialista, o princípio da insignificância tem ganhado destaque no direito penal como um mecanismo para evitar punições desproporcionais em casos de infrações de baixa gravidade. Esse princípio permite que condutas consideradas irrelevantes para o ordenamento jurídico sejam afastadas da punição estatal. 

Mas como ele funciona na prática? Quais são seus critérios e limites? Este artigo explora essas questões.

O que é o princípio da insignificância?

O princípio da insignificância é uma ferramenta jurídica que exclui da esfera penal condutas que não causam dano significativo à sociedade. Segundo o Dr. Carlos Alberto Arges Junior, ele está alinhado ao princípio da intervenção mínima, que preconiza que o direito penal só deve ser acionado quando estritamente necessário. Assim, infrações de pequena monta podem ser consideradas irrelevantes e, portanto, não puníveis.

Carlos Alberto Arges Junior
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No entanto, para que o princípio seja aplicado, é essencial que a conduta não tenha gerado prejuízo relevante, que o agente não seja reincidente habitual e que não haja risco à ordem social. Dessa forma, delitos como pequenos furtos ou danos de valor irrisório podem ser descriminalizados, contribuindo para uma justiça mais eficiente e menos sobrecarregada.

Como a jurisprudência aplica esse princípio?

A jurisprudência brasileira tem adotado o princípio da insignificância principalmente em crimes patrimoniais de pequeno valor. O Supremo Tribunal Federal (STF) já decidiu que furtos de itens de valor insignificante, por exemplo, podem ser considerados atípicos, ou seja, não configuram crime. Essa interpretação visa evitar o desperdício de recursos judiciais com casos de mínima relevância.

@carlosalbertoarge8

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O Dr. Carlos Alberto Arges Junior menciona que a aplicação não é automática. Cada caso é analisado individualmente, considerando fatores como reincidência, intenção criminosa e contexto social. Em algumas situações, mesmo infrações de baixo valor podem ser punidas se houver elementos que justifiquem a intervenção penal, como a habitualidade do agente ou o uso de violência.

Quais são os limites da aplicação desse princípio?

Apesar de sua utilidade, o princípio da insignificância não pode ser aplicado indiscriminadamente. Um dos principais limites é a reincidência do agente, pois condutas repetidas indicam uma potencial ameaça à ordem pública. Além disso, crimes que envolvem violência ou grave ameaça dificilmente se enquadram nesse princípio, já que o direito penal deve proteger bens jurídicos essenciais, como a integridade física e a segurança das vítimas.

Para o advogado Carlos Alberto Arges Junior, o princípio não deve servir como um “salvo-conduto” para criminosos, mas sim como um filtro para evitar a criminalização de condutas verdadeiramente irrelevantes. Quando bem aplicado, ele contribui para um sistema de justiça mais ágil e justo, sem abrir brechas para a impunidade em casos graves.

Por fim, o princípio da insignificância é um instrumento valioso para racionalizar a justiça penal, evitando processos desnecessários e garantindo proporcionalidade nas punições. O Dr. Carlos Alberto Arges Junior frisa que sua aplicação exige cautela, assegurando que apenas condutas realmente insignificantes sejam afastadas da persecução penal. Quando utilizado corretamente, esse princípio descomplica o sistema judiciário, permitindo que ele se concentre em casos que realmente demandam intervenção estatal. 

Instagram: @argesearges

LinkedIn: Carlos Alberto Arges Junior

Site: argesadvogados.com.br

Autor: Kinasta Balder

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