Política

Oppenheimer: Um clássico do cinema que retrata a complexidade da ciência e da política

O mundo do cinema ganhou mais uma joia da sétima arte: “Oppenheimer”, um filme que desafia tanto a duração quanto a magnitude de clássicos como “Bem Hur”, “…E o Vento Levou”, “O Canhoneiro do Yang Tsé” e “O Franco Atirador””. Seu diretor, Christopher Nolan, entrega uma obra extraordinária que, de maneira tão cativante, mal permite sentir o tempo passar.

Mesmo que minha experiência com o cinema seja mais de espectador do que de crítico, e tendo assistido mais da metade dos filmes citados no livro “1.001 Filmes para Ver Antes de Morrer”, sinto que posso expressar minhas impressões sobre “Oppenheimer” com um grau razoável de confiança. Não com mais conhecimento de verdadeiros experts no assunto, como os colegas jornalistas Humberto Oliveira e Marco Gomes.

A história do físico Robert Oppenheimer, o arquiteto da bomba atômica, é de fato fascinante. Conheci a figura de Oppenheimer nos meados dos anos 90, através do livro “A Era da Incerteza” do economista John Kenneth Galbraith, uma obra marcante que me foi presenteada pelo ex-deputado federal Antônio Morimoto.

O filme de Nolan é instantaneamente um clássico. A duração é apenas um detalhe diante da densidade do roteiro e das atuações primorosas. Ele conta a história de Oppenheimer com consistência , ressaltando o triunfo e a tragédia desse Prometeu Americano, como diz o título da biografia que resultou no filme.

Apesar de não ser um crítico de cinema, mas como estudante de História, posso afirmar que o personagem Oppenheimer sempre me seduziu. Galbraith capturou bem a dualidade desse homem, uma vez herói nacional e, depois, excluído das deliberações oficiais por expressar dúvidas sobre a sensatez da bomba de hidrogênio. Esta síntese é magistralmente retratada no filme de Nolan.

Então, independentemente de ser no Cine Araújo ou em outro cinema, recomendo que assistam a “Oppenheimer”. É uma história que não apenas examina a vida de uma figura crucial da ciência americana, mas também nos faz refletir sobre o papel dos indivíduos na esfera política e a coragem necessária para discordar e divergir.

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